Tá na Boca do Conto

Criado através do Edital Proac Expresso Lei Aldir Blanc Nº 38/2020 - Produção e Temporada de Espetáculo Infanto-Juvenil com Apresentação Online, MANU, A MENINA QUE OUVIA BORBOLETAS representa a continuidade do trabalho do grupo TÁ NA BOCA DO CONTO, que propõe desde sempre a abordagem de assuntos e temas importantes para a infância, promovendo o desenvolvimento emocional e o equilíbrio psicológico das nossas crianças. Com uma longa trajetória como contadores de histórias, o grupo formado todo por profissionais da cena, traz agora seu primeiro espetáculo de teatro. MANU, A MENINA QUE OUVIA BORBOLETAS vem trazer uma importante reflexão sobre o tempo, convidando crianças e adultos a olharem de um jeito mais humano para o mundo.

O ESPETÁCULO

Inspirada no premiado e mundialmente traduzido romance infantil "Momo e o Senhor do Tempo" , de Michael Ende, o primeiro espetáculo teatral do Tá Na Boca do Conto traz o TEMPO como tema. Com o mundo atravessado pelo isolamento social imposto pela pandemia do COVID-19, discutir esse assunto tornou-se essencial agora e o será ainda mais no pós-pandemia, como forma de compreender os efeitos que o isolamento social e um mundo todo virtual podem causar na saúde emocional, sobretudo das crianças, que tiveram suas rotinas transformadas pela necessidade de se isolar. Com este espetáculo o grupo deseja despertar nas crianças a importância de se pensar e refletir o TEMPO em nossas vidas. A estética do espetáculo, marcada pelo jogo dinâmico entre atrizes, bonecos e objetos, convida o espectador (seja adulto ou criança) ao exercício ativo da imaginação, na corrente oposta de um entretenimento massificado – com produtos e brinquedos por demais explicativos, fechados, sem espaços para a criatividade. Além da questão do tempo, o espetáculo coloca um diálogo entre o teatro, o audiovisual, as artes plásticas, e a música, ampliando o estímulo ao imaginário, criando brechas e espaços fantásticos, num jogo de signos que ora encantam e ora desejam ser completados pela fantasia do espectador.

SINOPSE

No espetáculo, Manu, uma menina que tem todo o tempo do mundo para ouvir, escutar ativamente seus amigos, seu coração e – sim, por que não – as borboletas, percebe que o tempo das pessoas está mudando, que seus amigos estão sempre sem tempo, e nesta reflexão ela conhece os homens cinzentos. Os homens cinzentos queimam o tempo, o que leva a humanidade a correr, se apressar, se estressar pra não ter essa sensação de um tempo que escorre pelas mãos, que escapa. Nessa aventura, Manu vai passando por diversas tentativas de recuperar essa dimensão de pertencimento do tempo, de conexão com o tempo. No percurso, Manu encontra a Senhora do Tempo, e é nesse encontro, repleto de imagens mágicas e fantásticas – o que em si já é a recuperação do tempo do imaginário – que Manu nos leva a uma reflexão, nos provoca a viver mais profundamente a passagem do tempo e as relações, ela nos convoca a rever nosso olhar para essa dimensão do tempo vivido, para uma nova percepção de estar presente, escutando, até mesmo as borboletas.